quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Mulheres em destaque

Essa é a minha oração de Feliz Natal para todas as mulheres da Terra.
Feliz Natal!



Que Deus ilumine as mulheres na educação dos homens.
Que Deus proteja todas as mulheres da Terra e abençoe "o fruto do vosso ventre".
Ao mencionar um feliz natal estamos desejando que o nascimento seja abençoado, e portanto estamos nos referindo a concepção e geração de um Ser; nesse contexto, recordamos a dança do ventre originária do Egito como a dança da criação, a dança era a forma de expressão e comunicação dos povos antigos.
Com essa concepção integrativa e tendo por movimento básico o oito, a cultura egípcia integrava os elementos da natureza, as sacerdotisas dançavam ao sol e a lua, ao princípio feminino e masculino da criação e se reportava ao que havia de mais sagrado do princípio feminino: a materialização do Ser integrado entre espírito e matéria, o ser cósmico que habita em nós.
A grande mudança ocorreu com a absorção da cultura egípcia pela cultura árabe que entendia a mulher como instrumento para o sexo, dessa forma, houve uma desintegração da concepção cosmológica egipcia entre céu e terra e uma fragmentação da concepção do feminino e masculino integrados da natureza.
Hoje, com a aproximação do Natal, vale lembrar que Jesus trouxe á Terra a Consciência Crística, e esse nível de consciência traduz a concepção integrada do cosmos, esses níveis de consciência aproxima essas culturas.
Desejo que consciência crística, cósmica, permeie a nossa existência e banhe a humanidade e a Terra.

MEU NOME É MULHER

No princípio eu era a EVA
Nascida para a felicidade de Adão
E meu paraíso tornou-se trevas
Porque ousei libertação.

Mais tarde fui MARIA
Meu pecado redimiria
Dando à luz aquele que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.

Passei a ser AMÉLIA
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade

Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!

Hoje não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista, piloto de avião
Policial feminina, operária em construção.

Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETENCIA
O meu nome é MULHER!!!

Contribuição de Ana Maria Ribeiro via e-mail

sábado, 6 de novembro de 2010

Mulheres em Destaque

JANTAR COM UMA MULHER

Agradeço a colaboração de Laís Andrade Santos pelo envio da mensagem. Divulgo esse texto de autoria anônima pelo reconhecimento e identificação da psicologia feminina, e além disso como um esclarecimento que ajuda na compreensão e relação entre os gêneros.
Expresso minha gratidão a autora, ainda que no anonimato, e observo que coloquei sinônimos substituindo alguns poucos xingamentos expressos que conferem com o desabafo do estresse emocional ocasionado pelo evento.

Jantar com uma mulher
Quando um homem chama uma mulher para sair, não sabe o grau de estresse que isso desencadeia em nossas vidas. O que venho contar aqui hoje é mais dedicado aos homens do que às mulheres. Acho importante que eles saibam o que se passa nos bastidores.
Você, mulher, está flertando um Zé Ruela qualquer. Com sorte, ele acaba te chamando para sair. Vamos supor, um jantar.
Ele diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo “Vamos jantar amanhã?”.
Você sorri e responde, como se fosse a coisa mais simples do  mundo: “Claro, vamos sim!”
Começou o inferno na Terra. Foi dada a largada. Você começa a se reprogramar mentalmente e pensar em tudo que tem que fazer para estar apresentável até lá. Cancela todos os seus compromissos canceláveis e começa a odisséia.
Evidentemente, você também para de comer, afinal, quer estar em forma no dia do jantar e mulher sempre se acha gorda. Daqui pra frente, você começa a fazer a dieta do queijo: fica sem comer nada o dia inteiro e quando sente que vai desmaiar come uma fatia de queijo. Muito saudável.

Primeira coisa: fazer mãos e pés. Quem se importa se é inverno e você provavelmente vai usar uma bota de cano alto? Mãos e pés tem que estar feitos - e lá se vai uma hora do seu dia. Vocês (homens) devem estar se perguntando 'Mão tudo bem, mas porque pé, se ela vai de botas?' Lei de Murphy. Sempre dá zebra.
Uma vez pensei assim e o infeliz me levou para um restaurante japonês daqueles em que tem que tirar o sapato para sentar naqueles tatames. Que sufoco! Tive que tirar o sapato com aquela sola do pé cracuda, esmalte semi-descascado e cutícula do tamanho de um champignon! Vai que ele te coloca em alguma outra situação impossível de prever que te obriga a tirar o sapato? Para nossa paz de espírito, melhor fazer mão é pé, até porque boa parte dessa raça tem uma tara bizarra por pé feminino. OBS: Isso me deixa irada!
Passo horas na academia malhando minha bunda e o desgraçado vai reparar justamente onde? No pé! Isso é coisa de... Melhor mudar de assunto...

As mais caprichosas, além de fazer mão e pé, ainda fazem algum tratamento capilar no salão: hidratação, escova, corte, tintura, retoque de raiz, etc. Eu não faço, mas conheço quem faça.

Ah sim, já ia esquecendo. Tem a depilação. Essa os homens não podem nem contestar. Quem quer sair com uma mulher não depilada, mesmo que seja apenas para um inocente jantar? Lá vai você depilar perna, axila, virilha, sobrancelha etc, etc. Tem mulher que depila até o ...! Mulher sofre! E lá se vai mais uma hora do seu dia. E uma hora bem dolorida, diga-se de passagem.

Dia seguinte.
É hoje seu grande dia. Quando vou sair com alguém, faço questão da dar uma passada na academia no dia, para malhar desumanamente até quase cuspir o pulmão. Não, não é para emagrecer, é para deixar minha bunda e minhas pernas enormes e durinhas (elas ficam inchadas depois de malhar).

Geralmente, o Zé Ruela não comunica onde vai levar a gente. Surge aquele dilema da roupa. Com certeza você vai errar, resta escolher se quer errar para mais ou para menos. Se te serve de consolo, ele não vai perceber.

Alias, ele não vai perceber nada. Você pode aparecer de Armani ou enrolada em um saco de batatas, tanto faz. Eles não reparam em detalhe nenhum, mas sabem dizer quando estamos bonitas (só não sabem o porquê). Mas, é como dizia Angie Dickinson: 'Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens'. Não tem como, a gente se arruma, mesmo que eles não reparem.

Escolhida a roupa, com a resignação que você vai errar, para mais ou para menos, vem a etapa do banho. Depois do banho e do cabelo, vem a maquiagem. Nessa etapa eu perco muito tempo. Lá vai a babaca separar cílio por cílio com palito de dente depois de passar rímel.

Depois vem a hora de se vestir. Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda. É sério, no dia anterior o corpo estava lindo e no dia seguinte... LEITOA! Não sei o que é (provavelmente nossa imaginação), mas eu juro que acontece. Muitas vezes você compra uma roupa para um evento, na loja fica linda e na hora de sair fica desastre; for um desses dias em que seu corpo estava desproporcional e o espelho está fazendo pouco da sua cara. É provável que você acabe com um pilha de roupas recusadas em cima da cama, chorando, com um armário cheio de roupa gritando 'EU NÃO TENHO  ROOOOOUUUUUPAAAA ! O chato é ter que refazer a maquiagem. E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você? Uma gracinha, já vai para jantar lacrada a vácuo. Se espirrar a calça perfura o pâncreas.

Ok, você achou uma roupa que ficou boa. Vem o dilema da lingerie. Salvo raras exceções, roupa feminina (incluindo lingerie) ou é bonita, ou é confortável.

Você olha para aquela sua calcinha de algodão do tamanho de uma lona de circo. Ela é confortável. E cor de pele. Praticamente um método anticoncepcional. Você pensa 'Eu não vou dar para ele hoje mesmo... Você veste a calcinha. Aí bate a culpa. Eu sinto culpa se ando com roupa confortável, meu inconsciente já associou estar bem vestida a sofrimento. Aí você começa a pensar: 'E se mesmo sem dar para ele, ele pode acabar vendo a minha calcinha... Vai que no restaurante tem uma escada e eu tenho que subir na frente dele... se ele olhar para essa calcinha, broxará para todo o sempre comigo...'. Muito contrariada você tira a sua calcinha amiga e coloca uma daquelas mínimas e rendadas, que com certeza vai incomodar a noite toda. Melhor prevenir.

Os sapatos. Vale o mesmo que eu disse sobre roupas: ou é bonito, ou é confortável. Geralmente, quando tenho um encontro importante, opto por UMA PEÇA de roupa bem bonita e desconfortável, e o resto menos bonito mas confortável. FATO: Lei de Murphy impera. Com certeza me vai ser exigido esforço da parte comprometida pelo desconforto. Exemplo: Vou com roupa confortável e sapato assassino. Certeza que no meio da noite o partner vai propor: “Sei que você adora dançar, vamos sair para dançar? Eu tento fazer parecer que as lágrimas são de emoção. Uma vez, um sapato me machucou tanto, mas tanto, que fiz um bilhete para mim mesma e colei no sapato, para lembrar de nunca mais usar!. Porque eu não dei o sapato. Caramba... me custou muito caro! Posso não usá-lo, mas quero tê-lo. Eu sei, eu sei, materialista total. Vou voltar como besouro de esterco na próxima encarnação e comer muito ... para ver se evoluo espiritualmente! Mas por hora, o sapato fica.

Depois que você está toda montadinha, lutando mentalmente com seus dilemas do tipo “'será que vai ser hoje? É o terceiro encontro, talvez eu deva ser mais flexível...” Começa a bater a ansiedade. Cada uma lida de um jeito.”

Tenho um faniquito e começo a dizer que não quero ir. Não para ele, ligo para a infeliz da minha melhor amiga e digo que não quero mais ir, que sair para conhecer pessoas é muito estressante, que se um dia eu tiver um AVC é culpa dessa tensão toda que eu passei na vida toda em todos os primeiros encontros e que quero voltar tartaruga na próxima encarnação. Ela, coitada, escuta pacientemente e tenta me acalmar.

Agora imaginem vocês, se depois de tudo isso, o sujeito liga e cancela o encontro? “Surgiu um imprevisto, podemos deixar para semana que vem?”

Gente, não é má vontade ou intransigência, mas eu acho inadmissível uma coisa dessas, a menos que seja algo muito grave! Eu fico fula de raiva!
Claro, na cabecinha deles não custa nada mesmo, eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro deles. Se eles soubessem o trabalho que dá, o estresse, o tempo perdido... nunca ousariam remarcar nada.
Dana-se! Vem me buscar de maca e no soro, mas não desmarque comigo! Até porque, a essas alturas, a dieta radical do queijo está quase te fazendo desmaiar de fome, é questão de vida ou morte a droga do jantar! ...NÃO CANCELEM ENCONTROS A MENOS QUE TENHA ACONTECIDO ALGO MUITO, MUITO, GRAVE! DO TIPO...MORRER A MÃE OU O PAI, TER UM  AVC NO TRÂNSITO. 

Supondo que ele venha. Ele liga e diz que está chegando. Você passa perfume, escova os dentes e vai. Quando entra no carro já toma um eufemismo na lata 'HUMMM... tá cheirosa!' (tecla sap: 'Passou muito perfume!). Ele nem sequer olha para a sua roupa. Ele não repara em nada, ele acha que você é assim ao natural. Eu não ligo, porque acho que homem que repara muito é meio suspeito, mas isso frustra algumas mulheres. E se ele for tirar a sua roupa, grandes chances dele tirar a calça junto com a calcinha e nem ver. Pois é, Minha Amiga, você passou a noite toda com a rendinha atochada (que por sinal custou muito caro) para nada. Homens, vocês sabiam que uma boa calcinha, de marca, pode custar o mesmo que um MP4? Favor tirar sem rasgar.

Quando é comigo, passo tanto estresse que chego no jantar com um pouco de raiva do cidadão. No meio da noite, já não sinto mais meus dedos dos pés, devido ao princípio de gangrena em função do sapato de bico fino. Quando ele conta piadas e ri eu penso 'É, eu também estaria de bom humor, contando piada, se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando no colo do meu útero'. A culpa não é deles, é minha, por ser surtada com a estética. Sinto o estômago fagocitando meu fígado, mas apenas belisco a comida de leve. Fico constrangida de mostrar toda a minha potência estomacal assim, de primeira.

Para finalizar, quero ressaltar que eu falei aqui do desgaste emocional e da disponibilidade de tempo que um encontro nos provoca. Nem sequer entrei no mérito do DINHEIRO. Pois é, tudo isso custa caro. Vou fazer uma estimativa POR BAIXO, muito por baixo, porque geralmente pagamos bem mais do que isso e fazemos mais tratamentos estéticos.

Roupa R$200,00
Lingerie R$ 80,00
Maquiagem R$ 50,00
Sapato R$150,00
Depilação R$ 50,00
Mão e Pé R$ 15,00
Perfume R$ 80,00
Pílula anticoncepcional R$ 20,00

Ou seja, JOGANDO O VALOR BEM PARA BAIXO, gastamos, no barato, R$ 500,00 para sair com um Zé Ruela. Entendem porque eu bato o pé e digo que homem não pode nem questionar, por exemplo: TEM QUE PAGAR O MOTEL! E não tão somente... A gente gasta muito mais para sair com eles do que ele com a gente!
 
Os homens que nunca dão o primeiro passo, automaticamente perdem o interesse em nós quando tomamos a iniciativa.
AGORA... QUEM NESSE MUNDO ENTENDE OS HOMENS? 

MORAL DA HISTÓRIA:
Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia para o jantar.

Divulgue isso para tornar um drama feminino consciente.
MULHERES INTELIGENTES IRÃO DAR BOAS RISADAS DE SI MESMAS , E OS HOMENS, ESPERO QUE FIQUEM MAIS SABEDORES DESSES CONFLITOS E CAPAZES DE LIDAR COM ISSO !!!

'Mulheres existem para serem amadas, não para serem entendidas. ' (Vinicius de Moraes)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mil Mãos



Enquanto você é gentil e existe amor em seu coração
Mil mãos virão naturalmente a sua ajuda
Enquanto você é gentil e existe amor em seu coração
Você vai chegar com mil mãos para ajudar os outros

. Guan Yin é o Bodhisattva da Compaixão, reverenciado pelos budistas como a Deusa da Misericórdia. Seu nome é uma abreviação de Guan Shi Yin. Guan significa observar, assistir ou monitor; Shi significa o mundo; Yin significa sons, mais especificamente os sons de quem sofre. Assim, Guan Yin é um ser compassivo, que aguarda, e responde, as pessoas no mundo que clamam por ajuda.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Seminário discute Violência Contra Mulher

Pela segunda vez Bete Wagner participa de evento a convite da Faculdade da Cidade

A violência contra a mulher pode ser definida de várias formas: física, sexual, ameaças, gestos, não reconhecimento de paternidade, dentre outras.

Mas nenhum tipo de violências deixa marcas tão profundas como a violência verbal e moral.

Humilhações diárias sofridas pela mulher acabam minando a sua auto-estima, moral e principalmente sua confiança.

Todo tipo de violência contra a mulher é inaceitável e totalmente reprovável. A sociedade não pode mais permitir esse problema, é urgente tirar a venda dos olhos do mundo, gritar bem alto, expor o agressor e buscar orientação junto aos órgãos competentes.

A violência contra a mulher não tem limites e acontece em todas as classes sociais; atinge mulheres de todas as idades, raças e credos. Uma mulher que detém uma determinada classe social, que dispõe de uma situação financeira estável, se cala por medo, receio ou por simplesmente não querer ver sua imagem exposta.

Mas é preciso que as mulheres tenham a coragem para denunciar esses agressores e com isso proteger-se de novas agressões, uma vez que sem essas denúncias nunca se chegará às possíveis soluções de tão covarde e humilhante problema.

Acima de tudo, a mulher agredida não pode nunca perder o seu amor próprio e deixar o medo tomar conta da sua vida. Todas as mulheres têm o direito de lutar por sua felicidade, seja ela qual for, pois as mulheres nasceram para amar e serem amadas.

Texto da turma do 2º semestre de Jornalismo da Faculdade da Cidade do Salvador

Evento: Violência Contra Mulher.
Hora: 18:30
Local: Auditório da Faculdade da Cidade do Salvador / Ed. Nobre – Comércio (Salvador/BA)

Entrada franca

Palestrantes:
- Celso Duran (Jornalista)
- Daniela Prata (Jornalista)
- Sandra Muñoz (Conselho Municipal da Mulher)
- Bete Wagner (Cientista Política)

sábado, 21 de agosto de 2010

SAKINED 'FOI FORTEMENTE ESPANCADA E TORTURADA ATÉ ACEITAR APARECER EM FRENTE ÀS CÂMERAS

Em entrevista à TV estatal, mulher condenada ao apedrejamento admite culpa por adultério e assassinato e critica o próprio advogado

Helio P. Leite

13.08.2010


Sakineh Mohammadi-Ashtiani, 43 anos, vestia o chador preto e segurava um papel. Falava no idioma azeri turco e sua voz era praticamente ofuscada pela tradução simultânea para o persa. Na entrevista ao 20:30, programa da TV estatal de seu país, ela admitiu ter cometido adultério com o primo do marido e alegou saber que o amante mataria o cônjuge para que ficassem juntos. “Eu estabeleci contatos telefônicos com um homem em 2005”, disse. “Ele me enganou com sua linguagem… Ele me disse ‘vamos matar seu marido’. Eu não poderia acreditar que meu marido seria morto e pensei tratar-se de uma brincadeira. Depois, descobri que assassinar era a profissão dele”, acrescentou. A entrevistada — que tinha o rosto desfigurado com um borrão feito pela emissora — contou que o homem chegou à sua casa carregando equipamentos. “Trouxe dispositivos elétricos, fios e luvas. Então, matou meu marido, eletrocutado. Antes, pediu-me que mandasse meus filhos para a casa da avó”, revelou. Ela também não economizou críticas ao próprio advogado, Mohammad Mostafaei (leia entrevista abaixo). “Por que ele levou o caso à televisão? Por que ele me desgraçou? Por que me desacreditou, perante meus familiares, que não sabiam que eu estava na prisão? Agora, eu tenho queixas contra ele”, desabafou. A suposta Sakineh acusou Mostafaei de jamais ter se reunido com ela.

Houtan Kian, também advogado da iraniana, garantiu ao jornal britânico The Guardian que sua cliente foi submetida a tortura. “Ela foi fortemente espancada e torturada até aceitar aparecer em frente às câmeras”, disse. A sessão de violência teria durado dois dias. Na manhã de ontem, Sakineh pronunciou as mesmas palavras para Sajjad e Saide, durante visita dos filhos à prisão em Tabriz — a 538km de Teerã. “Ela repetiu o que já havia dito na entrevista à TV, confessando que era culpada pela morte do nosso pai, mas sua expressão facial e seus gestos queriam dizer o contrário”, admitiu Sajjad, 22 anos, em conversa com o Comitê Internacional contra a Pena de Morte e o Apedrejamento. Mãe e filhos se falaram durante 10 minutos, separados por uma parede de vidro.

A “dupla confissão” está longe de convencer ativistas de direitos humanos, que veem uma tentativa do regime do presidente Mahmud Ahmadinejad de apressar a execução da condenada, após comutar sua pena de apedrejamento para enforcamento. Em entrevista ao Correio, por telefone, a iraniana Mina Ahadi — fundadora e presidenta do mesmo comitê — denunciou uma artimanha do regime para tentar resistir ao clamor mundial. “Milhões de pessoas têm se oposto ao apedrejamento de Sakineh. Agora, o regime tenta colocá-la como assasina e executá-la”, comentou. “Sem execuções e sem apedrejamento, o governo não consegue sobreviver.” Mina acredita que Sakineh ainda pode ser salva. “Enquanto exercermos muita pressão sobre Teerã, eles não a matarão. As autoridades já desistiram do apedrejamento e, agora, precisamos intensificar a cobrança, a fim de libertá-la.”

Por e-mail, o também iraniano Mahmood Amiry-Moghaddam — porta-voz da organização não governamental Iran Human Rights — põe em xeque a própria credibilidade da TV estatal iraniana que exibiu a entrevista. “A despeito do que as imagens mostram e do que Sakineh diz, todos no Irã sabem que o programa 20:30 é mantido pelo Ministério da Inteligência e que quem aparece nele é forçado a fazê-lo”, afirmou. Mahmood não duvida que Sakineh se enquadre nesse caso e garante conhecer o motivo da “confissão”. “As autoridades estão muito nervosas por não terem conseguido deter Mostafaei e levaram-na à TV para depôr contra ele. O regime faz o que pode para danificar a credibilidade do advogado. Mas o fato é que ninguém crê no que o governo diz”, concluiu.

Atenção removida
O ativista e neurocientista de 39 anos também desqualificou a admissão de culpa de Sakineh perante os filhos. Segundo Mahmood, as autoridades não medem esforços para remover a atenção das violações dos direitos humanos. No entanto, ele vê um fator positivo. “É interessante que elas gastem muito tempo e energia nesse assunto, pois isso mostra que a pressão internacional funciona, especialmente quando o Brasil(1), tão amigo do Irã, está bastante envolvido”, declarou o porta-voz da Iran Human Rights. “O principal assunto não é o senhor Mostafaei, mas a natureza bárbara de um regime que apedreja pessoas até a morte.”

Mahmood tem a mesma opinião de Mina Ahadi. Ele acha que, enquanto a atenção mundial estiver sobre Sakineh, o regime iraniano terá que pagar um preço alto para executá-la. “O governo precisa espalhar o medo e usa as execuções, o apedrejamento e a amputação para isso. É uma questão de sobrevivência para os aiatolás.” O ativista lembrou que todos os dias iranianos são mortos pela Justiça. “Ontem (quarta-feira), três pessoas foram enforcadas, no oeste do país. No ano passado, mais de 400 acabaram executadas”, revelou.

1 - Embaixador desconhece pedido
O embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, descartou ontem o envio de Sakineh ao Brasil. Ele negou que o Itamaraty tenha feito uma oferta formal ao governo do presidente Mahmud Ahmadinejad. O diplomata lembrou que o assunto envolve somente Teerã, pois a mulher condenada é iraniana. E denunciou uma manipulação da internet e da imprensa estrangeira para constranger as autoridades de seu país. “Nós não recebemos de forma oficial pedido ou oferta alguma (de asilo ou refúgio político) para esta senhora ser enviada ao Brasil. Não houve ofício por escrito, comunicado oral ou troca de notas, como é a orientação na diplomacia em casos assim”, garantiu. “Ocorreram crimes e serão julgados conforme o código do Irã, que segue preceitos morais e culturais do país.”

Depoimento
Desculpa para matar

Mahmood Amiry-Moghaddam
Confissões por meio da TV são comuns no Irã. Esse programa específico, chamado 20:30, está atualmente sob controle do Ministério da Inteligência iraniana. Normalmente é usado para que prisioneiros políticos confessem ter recebido dinheiro da CIA ou admitam participação na morte de gente inocente. O fato de a senhora Ashtiani ter confessado o adultério e o envolvimento com um assassinato poderia ser usado para justificar sua execução.

As autoridades iranianas estão sob intensa pressão e foram forçadas a remover a punição por apedrejamento, mas ainda insistem na execução. E uma execução não é inevitável enquando o mundo colocar foco sobre o caso. Mas ela estará em grande perigo, a partir do momento em que perder essa atenção. Eu creio que os esforços feitos pelo presidente brasileiro têm sido muito importantes para o caso Sakineh e espero que o Brasil, como país com fortes laços com Teerã, continue suas tentativas de promover os direitos humanos no Irã.

Mahmood Amiry-Moghaddam é porta-voz da ONG Iran Human Rights


Entrevista - Mohammad Mostafaei
“Ela foi forçada a falar aquilo”

“Em primeiro lugar, eu gostaria de ir ao Brasil. Eu gosto do Ronaldinho.” Assim o advogado iraniano Mohammad Mostafaei, 36 anos, começou a entrevista exclusiva ao Correio. O pouco domínio da escrita do inglês levou-o a receber as perguntas por meio do site de relacionamentos Facebook e traduzi-las para o farsi. Só então, por telefone, ele concedeu as respostas. A menção ao craque brasileiro foi uma forma de “quebrar o gelo”, antes de tocar no nome de Sakineh Mohammadi-Ashtiani — a mulher condenada por Teerã à morte por apedrejamento, sob a acusação de adultério. Mostafaei afirmou que sua cliente é inocente e considerou a confissão uma farsa. Também repudiou as críticas feitas por sua cliente, que o acusou de desgraçar a vida da família Ashtiani e de tê-la abandonado na prisão. “O governo forçou Sakineh Mohammadi a falar tudo aquilo diante das câmeras e a voltar-se contra mim. O regime pretende humilhar minha pessoa”, afirmou o advogado. A entrevista de pouco mais de meia hora foi encerrada com um anúncio: “Eu vou à Embaixada do Brasil amanhã e tentarei obter o visto. Viajarei a turismo, mas quero falar sobre Sakineh Mohammadi com autoridades de seu governo”. Desde o último sábado, Mostafaei vive em Oslo (Noruega), para onde fugiu depois que a polícia secreta israelense deteve sua mulher, seu sogro e seu genro.

Como o senhor vê a tentativa do Brasil de interceder em favor de Sakineh?
Estou feliz com o fato de o presidente Lula ter enviado uma mensagem sobre minha cliente para meu presidente (Mahmud Ahmadinejad) e para o governo iraniano. Foi uma boa ação. Eu acho que seu presidente quer pedir a todo o mundo que siga os direitos humanos. Ele quer enviar essa mensagem para todos os países. Nesse contexto, o caso de Sakineh é uma espécie de símbolo. É bom o interesse de seu presidente. Estou satisfeito. Obrigado, senhor Lula.

De que modo viu a confissão de sua cliente, em entrevista à rede de TV estatal iraniana?
Na noite de quarta-feira, o canal 2 de minha TV estatal transmitiu, por volta das 20h, a entrevista com Sakineh Mohammadi. A emissora é dirigida pelo Ministério da Segurança iraniana. Esse programa mostra pessoas famosas, a fim de transmitir aos outros cidadãos quais ações são boas para suas vidas. Por exemplo, tenta divulgar que o apedrejamento é bom para Sakineh Mohammadi. Eles querem justificar o ato irregular de minha cliente. Sakineh Mohammadi está presa e a Corte de meu governo a mantém sob custódia. Talvez eles ainda pretendam executá-la por apedrejamento. Ela está com medo disso. O governo forçou Sakineh Mohammadi a falar tudo aquilo diante das câmeras e a voltar-se contra mim. O regime pretende humilhar minha pessoa. Uma coisa importante é que Sakineh Mohammadi é inocente em relação ao apedrejamento. Ela não confessou o crime de adultério. Na entrevista, ela falou mais sobre mim. É o que o governo pretende. O governo não pode me prender. Fui forçado a sair do Irã e a falar coisas ruins sobre meu governo.

Mas ela teria repetido tudo o que disse, hoje (ontem), dessa vez diante dos filhos…
É uma forma que as autoridades iranianas encontraram para se justificarem.

Sakineh criticou sua interferência no caso e acusou-o de “desgraçá-la”. Também disse que vocês nunca se viram…
Tudo o que ela disse sobre mim não é verdade. Eu a vi no mês passado. Conversamos sobre as leis. Eu conheço o caso dela e sei que é inocente. Ela foi pressionada a mentir.

O senhor acredita que a execução dela é iminente? Existe algo que o mundo possa fazer para salvá-la?
Em seu caso, ela seria enforcada. Mas o governo não pode machucá-la. Acho que outros países e governos podem salvar minha cliente. Mas… eu não tenho certeza. Não sei do futuro, de como meu governo agirá, principalmente em relação a Ashtiani. Talvez o governo a execute, talvez a salve. Não é algo fácil de prever. Nos últimos anos, o governo executou vários prisioneiros, de maneira secreta.

O fato de o senhor ter fugido não prejudicou ainda mais Sakineh?
Sim, não foi algo bom para Sakineh. Mas tive de fazer isso por minha mulher e por minha filha. Eu deveria ajudar minha cliente no Irã. No entanto, fui forçado a vir. O governo sequestrou minha mulher e prendeu meu sogro e meu cunhado. E afirmou que eu deveria ir à prisão para que eles fossem libertados. Eu não pude aceitar esse pedido. A polícia secreta iraniana espancou a mim e à minha família, invadiu minha casa, fechou meu escritório e me forçou a sair do Irã. Eu tenho certeza de que eles vão libertar meu sogro e meu cunhado, como fizeram com minha mulher. (RC)
http://www.formadoresdeopiniao.com.br

Rodrigo Craveiro

Para outras informações você poderá acessar também http://www.estadao.com.br/especiais/caso-sakineh-ashtiani,114740.htm

Em defesa da vida de Sakineh Mohammadi

Após as manifestações de repúdio de vários países e diversas organizações de direitos humanos o governo iraniano suspendeu temporariamente a sentença de Sakineh Mohammadi.
Após ficar viúva, a acusação é que ela manteve relações sexuais, o que para as leis islâmicas é considerado crime de adultério. Apedrejamento ou lapidação é a sentença para adultério da mulher. O processo consiste em enterrar a pessoa deixando apenas a cabeça exposta para uma multidão apedrejar até a morte. Faz lembrar o tempo em que Cristo defendendo Madalena disse a multidão que atirasse a primeira pedra aquele que nunca pecou.
Além dessa bárbara punição atribuida como massacre a sexualidade feminina, membros do tribunal tem direito a julgamento subjetivo endossado pela religião.
E agora assistimos o desenrolar do caso e suas manipulações após as interferências políticas internacionais.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A Inquisição na atualidade / A destruição da mulher e do feminino que nela reside

terça-feira, 10 de agosto de 2010
Cultura, Tradição não justifica ASSASSINATO
É legítimo se intrometer na cultura de determinado país ou região?
Do ponto de vista antropológico, cada povo tem suas tradições e crenças e qualquer interferência forçada vinda do exterior seria autoritarismo.
Respeito e concordo com tal colocação. Porém, tal postura não pode se adequar a qualquer situação: preservar a tradição oral , os costumes dos índios da Amazônia é uma coisa, aceitar que se corte a genitália de meninas na puberdade para que não sintam prazer na idade adulta é diferente.

O caso da iraniana SAKINEH ASHITIANI, condenada à morte por um suposto adultério, exige uma postura clara.

Mesmo considerando a complexidade das relações internacionais, não podemos ignorar que se trata de um ASSASSINATO CRUEL, POR APEDREJAMENTO, isto não é somente respeito à tradição.
Repete-se hoje o que se fazia na idade média: queimar mulheres na fogueira sob a acusação de serem BRUXAS.
Estão matando uma mulher por ter supostamente traído o marido.No sec. XXI não podemos aceitar tal barbárie.
Não é uma questão de desrespeitar a soberania do Irã, mas é sim, não compactuar com um ato de extremismo.

Não quero deixar de sentir, para somente pensar: Mahmoud Ahmadinejad, poderia ter aceitado o oferecimento do governo brasileiro de asilo a Sakineh , preferiu mantê-la na prisão esperando o apedrejamento, que deverá ocorrer amanhã.

Me sinto abatida pela impotência, não aceito também a inércia dos movimentos de mulheres. A passividade do mundo.

Com o extremismo do governante iraniano, está reforçada a posição bélica dos Estados Unidos e da União Européia.
Amanhã vestirei preto, amanhã estarei em oração por Sakined.
Nunca serei politicamente correta, se para isso tiver que parar o meu coração e não sentir a importância da vida, para além das convicções.

Vera Britto
http://verabritto.blogspot.com

domingo, 30 de maio de 2010

Lua Cheia

Ontem a noite
estava na rua
fazendo amor
com o mar e a lua.

sábado, 22 de maio de 2010

Dança em forma de oração / Homenagem pelo desenlace do Poeta Damário da Cruz



. Guan Yin é o Bodhisattva da Compaixão, reverenciado pelos budistas como a Deusa da Misericórdia. Seu nome é uma abreviação de Guan Shi Yin. Guan significa observar, assistir ou monitor; Shi significa o mundo; Yin significa sons, mais especificamente os sons de quem sofre. Assim, Guan Yin é um ser compassivo, que aguarda, e responde, as pessoas no mundo que clamam por ajuda.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Segredo das Pipas

Damário da Cruz

(Se não for possível
em muitas manhãs)
rouba teu filho
nas tardes de domingo.

E na fala mais simples
conta no ouvido pequeno
o segredo das pipas,
os caminhos dos duendes,
as formas das cidades,
o mistério dos amores...

E não te preocupes.

Sobre as coisas ruins
muitos tentarão
sem êxito ensiná-las.

Pássaros e pipas alçam vôos, cruzam destinos, levam mensagens povoadas de esperanças

domingo, 9 de maio de 2010

Retrato de Mãe

"Uma mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de
Deus, e muito de anjo pela incansável solicitude dos cuidados seus;
uma mulher que, ainda jovem, tem a tranqüila sabedoria de uma anciã e,
na velhice, o admirável vigor da juventude;se de pouca instrução,
desvenda com intuição inexplicável os segredos da vida e, se muito
instruída age com a simplicidade de menina;uma mulher que sendo pobre,tem como recompensa a felicidade dos que ama, e quando rica, todos os seus tesouros daria para não sofrer no coração a dor da ingratidão; sendo frágil, consegue reagir com a bravura de um leão;uma mulher que,enquanto viva, não lhe damos o devido valor,porque ao seu lado todas as dores são esquecidas; entretanto quando morta, daríamos tudo o que somos e tudo o que temos para vê-la de novo ao menos por um só momento,receber dela um só abraço, e ouvir de seus lábios uma só palavra.
Dessa mulher não me exijas o nome, se não quiseres que turve de lágrimas esta lembrança,porque... já a vi passar em meu caminho.
Quando teus filhos já estiverem crescidos, lê para eles estas palavras.
E, enquanto eles cobrem a tua face de beijos, conta-lhes que um humilde
peregrino, em paga da hospedagem recebida, deixou aqui para todos o
esboço do retrato de sua própria mãe."

Tradução do original de D. Ramóm Angel Jara
Bispo e Orador Chileno
Dia das Mães na Terra

2º domingo de maio – Estados Unidos, Brasil, Dinamarca, Finlândia, Japão, Turquia, Itália, Austrália e Bélgica

2º domingo de fevereiro – Noruega

2º domingo de outubro – Argentina

2º dia da primavera – Líbano

1º domingo de maio - Portugal

10 de maio – México

8 de dezembro – Espanha

Último domingo de maio – Suécia

4º domingo da Quaresma – Inglaterra

sexta-feira, 7 de maio de 2010

terça-feira, 4 de maio de 2010

Vale dar uma checada nesse link sobre o sexo e a juventude. Aborda o sexo destituído do amor e a aparência mais importante  que a essência. O ser humano deixando de ser sujeito para tornar-se um objeto de manipulação... O que foi feito do amor?...
http://www.verdestrigos.org/wordpress/?p=2023

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Há Palavras Que nos Beijam
                 Alexandre O'Neill
 
 Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
 muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

sexta-feira, 30 de abril de 2010


Ter ou não ter namorado, eis a questão
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remunerada de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega do lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado é quem não tem amor, é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar... Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa, é quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar. Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora em que passa o filme, de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai pelos parques, fliperamas, beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da metro. Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem gosta sem curtir, quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.

Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.

Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida, para de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA
.

sábado, 24 de abril de 2010

Piadas divertidas

AMOR ' I '

- Querida, vamos ter que começar a economizar.
- Tudo bem... Mas como ?
- Aprenda a cozinhar e mande a empregada embora.
- Tá legal... Então aprenda a fazer amor e pode dispensar o motorista.

(NOSSA!!!! ESSA FOI A GOTA QUE FALTAVA...)

Amor ' II '

O cara pergunta para a mulher:
- Querida, quando eu morrer, você vai chorar muito?
- Claro querido. Você sabe que eu choro por qualquer besteira...

(MISERICÓRDIA.....!)

Amor ' III '

Na cama, o marido se vira para a jovem esposa e pergunta:
- Querida, me diga que sou o primeiro homem da sua vida..
Ela olha para o babaca e responde:
- Pode ser... Sua cara não me é estranha...

(afffff.....)

Amor ' IV ' - A melhor

Um casal vinha por uma estrada do interior, sem dizer uma palavra.
Uma discussão anterior havia levado a uma briga, e nenhum dos dois queria dar o braço a torcer. Ao passarem por uma fazenda em que havia mulas e porcos, o marido perguntou, sarcástico:
- Parentes seus?
- Sim, respondeu ela.. Cunhados e sogra...

(Essa doeu...!!!!)

Amor ' V '

Marido pergunta pra mulher:
- Vamos tentar uma posição diferente essa noite?
A mulher responde:
- Boa idéia, você fica aqui em pé na pia lavando a louça e eu sento no sofá!!!!!

(Essa doeu.)

Amor ' VI' (Adoro essa!)

O marido decide mudar de atitude. Chega em casa todo machão e ordena:
- Eu quero que você prepare uma refeição dos deuses para o jantar e quando eu terminar espero uma sobremesa divina. Depois do jantar você vai me trazer um whisky e preparar um banho porque eu preciso relaxar. E tem mais: Quando eu terminar o banho, adivinha quem vai me vestir
e me pentear?
- O homem da funerária... Respondeu placidamente a esposa....

(essa jamais será escrava de homem...)

Amor ' VII'

- Querida, o que você prefere? Um homem bonito ou inteligente?
- Nem um, nem outro. Você sabe que eu só gosto de você.

(Nossa...)

Amor ' VIII '

Marido e mulher estão tomando cerveja num barzinho. Ele vira pra ela e diz:
- Você está vendo aquela mulher lá no balcão, tomando whisky sozinha? Pois eu me separei dela faz sete anos! Depois disso ela nunca mais parou de beber.
A mulher responde:
- Não diga bobagens. Ninguém consegue comemorar durante tanto tempo assim!
Fonte:
Fonte:http://www.pia-da.net/2009/11/piadas-romanticas-pro-mulher.html

domingo, 11 de abril de 2010

quinta-feira, 11 de março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

Humor na Diversidade

"A vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida"
Vinicius
A diversidade da convivência entre o silêncio e o som.

Invista no poder da gentileza :: Rosana Braga ::

Prepare-se para colher os benefícios!

O que é ser gentil?
Gentileza é um modo de agir, um jeito de ser, uma maneira de enxergar o mundo. Ser gentil, portanto, é um atributo muito mais sofisticado e profundo que ser educado ou meramente cumprir regras de etiqueta, porque embora possamos (e devamos) ser educados, a gentileza se trata de uma característica diretamente relacionada com caráter, valores e ética; sobretudo, tem a ver com o desejo de contribuir com um mundo mais humano e eficiente para todos. Ou seja, para se tornar uma pessoa mais gentil, é preciso que cada um reflita sobre o modo como tem se relacionado consigo mesmo, com as pessoas e com o mundo.

O que você percebeu com os números da Organização Mundial da Saúde?
Percebi, bastante entristecida, o quanto temos nos colocado numa espécie de armadilha, o quanto temos nos deixado sucumbir pelas ilusões da modernidade, o quanto temos nos perdido de nós mesmos e esquecido de nossa capacidade de agir com o coração e de valorizar aquilo que realmente nos preenche, que realmente nos faz sentir felizes e plenos. Os dados são assustadores e delicadíssimos, uma vez que a depressão tende a ser, até 2020, a segunda causa de improdutividade das pessoas, seguida apenas das doenças cardiovasculares. Além disso, distúrbios afetivos como ansiedade, depressão e transtorno bipolar crescem absurdamente, sem falar em síndrome do pânico, TOC, entre outros nomes que se tornam cada vez mais comuns entre as pessoas. Diante da indignação que esses dados me causaram, encontrei mais motivos ainda para investir na gentileza e insistir no fato de que é somente agindo de modo coerente com o que realmente desejamos da vida que poderemos viver de modo mais equilibrado e menos doentio.

Por que esquecemos de ser gentis?
A rotina nos cega, costumo dizer. Pressionados por idéias equivocadas, que nos pressionam a ter sempre mais, a cumprir prazos sem nos respeitarmos, a atingir metas que, muitas vezes, não fazem parte de nossa missão de vida e daquilo em que acreditamos, nos tornamos mais e mais insensíveis. E nesta insensibilidade, vamos agindo e nos relacionando com as pessoas - mesmo com aquelas que amamos - de forma menos gentil, mais apressada e mais automatizada, sem nem nos darmos conta disso. É por isso que, a meu ver, ser gentil não pode depender do outro, não pode ser uma moeda de troca, tem de ser uma escolha pessoal, um entendimento de que podemos fazer a nossa parte e contribuir sim para um mundo melhor. Leonardo Boff tem uma frase maravilhosa que resume bem o que quero dizer: Não serão nossos gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras ações.

Você diz no livro que ser gentil nada tem a ver com ser bobo e dizer sim a todos?
Exatamente. Ser gentil nada tem a ver com ser bobo e fazer o que todos querem que a gente faça. Muito pelo contrário: quanto mais gentil somos com as pessoas, mais gentil somos também com nossa verdade, com nossos valores. Assim, dificilmente nos aviltaremos em nome de algo que não esteja de acordo com nosso coração. Pessoas que dizem sim a todos estão, na realidade, reforçando uma imagem de ‘vítimas da vida’, alimentando um argumento de ‘coitadinhas’, de extremamente boas e injustiçadas. Isso não é ser gentil e demonstra mais uma dificuldade em lidar com sua própria carência do que a força ou o poder contido na gentileza. Aprender a dizer não nem sempre é uma tarefa simples. A gente aprende que tem de corresponder às expectativas de quem amamos, desde pequeninos; daí, quando crescemos, não sabemos dizer não sem nos sentirmos culpados. Daí para justificar nosso medo de dizer não, é um pulo; afinal, é bem mais fácil transferirmos a responsabilidade de nossas limitações para o outro.

Dá pra falar ‘não’ sendo gentil? Como?
Não só dá como é o mais inteligente. Muitas vezes, a gente associa a palavra não à raiva ou à falta de gentileza, quando na verdade ela é apenas uma resposta, tão cabível quanto o sim. Desde que seja dito com sinceridade e respeito, sabendo por que motivo você está dizendo não, a gentileza é absolutamente coerente. O problema é que a gente já diz com culpa e, para não demonstrar, altera o tom de voz, tenta se justificar acusando o outro ou inventando pequenas mentiras que tornam a relação pesada, tensa. Basta que sejamos honestos, que nos permitamos respeitar nossos limites, que aprendamos a nos dar o direito de dizer não. Além disso, vale um questionamento: será que é tão difícil dizer não porque, na verdade, você não consegue ouvir o não do outro? Será que esta dificuldade em negar ao outro não está a serviço de poder lhe cobrar sempre o sim? Enfim, lance mão de um tom de voz compreensivo e afetuoso e o seu não será muito mais humano e aceitável do que aquele que a gente costuma dizer gritando, acompanhado de gestos agressivos.

Que benefícios a gentileza nos traz?
Ser gentil é extremamente benéfico quando se entende que a gentileza abre portas, muda o rumo dos conflitos, facilita negociações, transforma humores, melhora as relações, enfim, propicia inúmeras vantagens tanto na vida de quem é gentil quanto na de quem se permite receber gentilezas.
No ambiente de trabalho, por exemplo, é fato que as empresas têm preferido, cada vez mais, profissionais dispostos a solucionar problemas e favorecer as conciliações. Afinal de contas, competência técnica é oferecida em universidades de todo o país, mas habilidades humanas como a gentileza são características escassas e muito bem quistas no mundo atual.

Como a gentileza interfere no nosso dia-a-dia? Nas relações de trabalho, no amor, na família?
Como disse anteriormente, a gentileza facilita todas as relações. No livro, conto a comovente história de vida do Profeta Gentileza, que viveu na cidade do Rio de Janeiro pregando a paz entre as pessoas. Ele tinha uma frase que ilustra muito bem o que chamo de “poder” da gentileza: GENTILEZA gera GENTILEZA. Do mesmo modo, o contrário também é verdadeiro. Ou seja, grosserias geram grosserias e a gente sabe que ninguém gosta de ser tratado de forma grosseira. Em minha palestra (com o mesmo título do livro), abordo os malefícios que a falta de gentileza causa em nossa saúde física, emocional e mental. Para se ter uma pequena idéia do quanto a gentileza interfere em nosso dia-a-dia, basta notar: pessoas intolerantes, briguentas e pouco ou nada gentis geralmente sofrem de enxaqueca, gastrite, ansiedade, cansaço, falta de criatividade, entre outras limitações. Sendo assim, o que podemos fazer de mais inteligente é tratar de praticar a gentileza quanto mais conseguirmos. E isso é uma escolha, antes de mais nada.

Como nasceu a idéia do tema para escrever o livro?
Eu já tratava, há algum tempo, do tema “Inteligência Afetiva”, que tem muito a ver com essa capacidade de se relacionar harmoniosamente com as pessoas, sempre buscando compreender melhor como se comunicar, de que forma ser claro sem precisar ultrapassar os limites da boa convivência. Sempre busquei, inclusive, mostrar o quanto a afetividade tem a ver com o desenvolvimento da inteligência humana e de que forma isso contribui para nossa realização pessoal, profissional e amorosa. Certo dia, pensando em como abordar este tema de uma forma ainda mais fácil, me veio uma percepção muito clara: o quanto temos desaprendido a acolher o outro, a ter paciência, a compreender que cada um tem suas dificuldades, mas que todos nós desejamos apenas ser felizes... e a palavra GENTILEZA me veio na hora! Comecei a pesquisar sobre o tema e fui encontrando dados surpreendentes, o que me empolgou cada vez mais. Saí de “férias” por uns dias, como sempre faço quando vou escrever, e o resultado foi este - o livro O PODER DA GENTILEZA.

No seu livro, você dá dicas práticas de como exercitar a gentileza no dia-a-dia?
Sim, com certeza. Procurei transformar este trabalho em algo muito prático. Quero reproduzir aqui 10 dicas para facilitar a prática da gentileza. Creio que se conseguirmos incorporar pelo menos algumas dessas ações, nossa vida já se tornará bem mais leve e gostosa.

1. Tente se colocar no lugar do outro. Isso o ajuda a entender melhor as pessoas, seu modo de pensar e agir.

2. Aprenda a escutar. Ouvir é muito importante para solucionar qualquer desavença ou problema.

3. Pratique a arte da paciência. Evite julgamentos e ações precipitadas.

4. Peça desculpas. Isso pode prevenir a violência e salvar relacionamentos.

5. Pense positivo. Procure valorizar o que a situação e o outro têm de bom e perceba que este hábito pode promover verdadeiros milagres.

6. Respeite as pessoas quando elas pensarem e agirem de modo diferente de você. As diferenças são uma verdadeira riqueza para todos.

7. Seja solidário e companheiro. Demonstre interesse pelo outro, por seus sentimentos e por sua realidade de vida.

8. Analise a situação. Alcançar soluções pacíficas depende de se descobrir a raiz do problema.

9. Faça justiça. Esforce-se para compreender as diferenças e não para ganhar, como se as eventuais desavenças fossem jogos ou guerras.

10. Mude a sua maneira de ver os conflitos. A gentileza nos mostra que o conflito pode ter resultados positivos e ainda tornar a convivência mais íntima e confiável.

Saiba mais sobre a palestra O PODER DA GENTILEZA
www.rosanabraga.com.br

A Origem do Homem / A Verdadeira Eva

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Lei Maria da Penha

Hoje, recebi flores!...
Não é o meu aniversário ou nenhum
outro dia especial; tivemos a nossa primeira
discussão ontem à noite e ele me disse muitas coisas cruéis que me ofenderam de verdade.
Mas sei que está arrependido e não as disse
a sério, porque ele me enviou flores hoje.
E não é o nosso aniversário ou
nenhum outro dia especial.

0001w31g

Ontem ele atirou-me contra a parede e
começou a asfixiar-me. Parecia um pesadelo,
mas dos pesadelos acordamos e sabemos
que não são reais. Hoje acordei cheia de dores e com golpes em todos lados.
Mas eu sei que ele está arrependido, porque me enviou flores hoje. E não é Dia dos Namorados ou nenhum outro dia especial.

0001xdbx

Ontem à noite bateu-me e ameaçou matar-me. Nem a maquiagem ou as mangas compridas
poderiam ocultar os cortes e golpes que me ocasionou desta vez. Não pude ir ao emprego hoje porque não queria que percebessem.
Mas eu sei que está arrependido porque ele
me enviou flores hoje. E não era Dia das Mães ou nenhum outro dia especial.

0001ydcg

Ontem à noite ele voltou a bater-me,
mas desta vez foi muito pior. Se conseguir
deixá-lo, o que é que eu vou fazer?
Como poderia eu sozinha manter os meus filhos?
O que acontecerá se faltar o dinheiro?
Tenho tanto medo dele!
Mas dependo tanto dele que tenho medo
de deixá-lo. Mas eu sei que está arrependido,
porque ele me enviou flores hoje.

0001ztqr

Hoje é um dia muito especial:
É o dia do meu funeral.
Ontem finalmente conseguiu matar-me.
Bateu-me até eu morrer.

000208zq

Se ao menos eu tivesse tido a coragem e a
força para deixá-lo... Se tivesse pedido ajuda
profissional... Hoje não teria recebido flores!!!




 
Por uma vida sem violência!!!
Partilhem essa mensagem para criar consciência.. 


PARA QUE SE TENHA RESPEITO PARA COM A MULHER, COM AS CRIANÇAS, COM O IDOSO, ENFIM QUERIDOS AMIGOS... QUE SE TENHA RESPEITO COM O PRÓXIMO, SEJA QUEM FOR!

DENUNCIEM A VIOLÊNCIA!

Seja ela qual for
Abraços .....









terça-feira, 26 de janeiro de 2010